terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Autismo

Esquizofrenia

A esquizofrenia caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora seja uma doença que afecta os processos do conhecimento, os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções.
Os sintomas da esquizofrenia não são os mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea.
Estes podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.
Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais, ”acompanham a evolução da doença e reflectem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais”, como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social; apatia; indiferença emocional; pobreza do pensamento.
Estes sinais não se manifestam todos no indivíduo esquizofrénico. Algumas pessoas vêem-se mais afectadas do que outras, podendo muitas vezes ser incompatível com uma vida normal. A doença pode aparecer e desaparecer em ciclos de recidivas e remissões.

“Não há, contudo, sinais nem sintomas da doença, podendo-se de alguma forma fazer referência a um quadro em que são em grande parte sintomas negativos, como por exemplo inversão do ciclo de sono, isolamento, perda de interesse por actividades anteriormente agradáveis, apatia, descuido com a higiene pessoal, ideias bizarras, comportamentos poucos habituais, dificuldades escolares e profissionais, entre outras. Posteriores a esta fase inicial surgem os sintomas positivos”.
“Diz-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia são insidiosos. O primeiro sintoma de sossego/calma e afastamento, visível num adolescente normalmente passa despercebido como tal, pois remete-se o facto para “é uma fase”. Pode inclusivamente ser um enfermeiro de saúde escolar ou um conselheiro a começar a notar estas mudanças. (…) É importante dizer-se que é muito fácil interpretar incorrectamente estes comportamentos, associando-os à idade.”

Filipa Vale

Dislexia

A dislexia é caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da descodificação das palavras, na leitura precisa e na fala. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra ; também costumam trocar letras, por exemplo b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo “ovóv” para vovó. A dislexia, contudo, não é um problema visual, envolvendo o processamento da fala e escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda. Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros factores de dificuldade de aprendizagem, tais como a hiperactividade, dispraxia, disgrafia. Contudo a dislexia e hiperactividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.
Catarina Santos

Autismo


- O QUE É ?

O termo autismo refere-se às características de isolamento e auto-concentração das crianças.

Sendo assim, compreendemos autismo como sendo uma alteração comportamental do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. Afecta a capacidade de comunicação, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao mundo que a rodeia.

O bebé autista apresenta determinadas características diferentes dos outros bebés com a mesma idade. Este pode revelar indiferença pelas pessoas, ter medo de objectos, ter problemas de alimentação e sono e pode chorar muito sem razão aparente ou então pode até mesmo nunca chorar.

A maioria das crianças com esta perturbação não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras.

O comportamento delas é constituído por actos repetitivos e não suportam mudanças de ambiente, preferindo um contexto inanimado.

É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação à expressão das emoções.


Tatiana Bacelar